Resumo II sobre o Arcadismo

Trabalho pronto escolar de literatura sobre o Arcadismo.

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Resumo II sobre o Arcadismo

O nome arcadismo foi tomado da mitologia grega segundo qual na Arcádia, região da Grécia, existia uma feliz comunidade de poetas pastores.

Os árcades gostavam de reunir-se em Academias. Eram grêmios, clubes onde os poetas se reuniam para escrever poemas sobre um tema comum e também para trocar ideias sobre arte. Nessas Academias, os poetas adotavam o nome de pastores. Por exemplo, o poeta Cláudio Manuel da Costa usava o pseudônimo de Glauceste Satúrnio, Tomás Antônio Gonzaga era o Dirceu, e o poeta português Manuel Maria Bargosa du Bocage era o Elmano Sadino.

II – Contexto Histórico

O século XVIII é o século da Revolução Industrial na Inglaterra, que então domina o mundo. É uma época de intenso progresso: surge a máquina a vapor rapidamente aplicada à tecelagem, ocorrem melhorias nos transportes e na agricultura (a introdução do cultivo da batata resolve um antigo problema alimentar). A burguesia domina o estado.

Na França, o século XVIII marca a vitória política da burguesia através da Revolução (1789).

Os escritores franceses, chamados de enciclopedistas, têm grande importância para o pensamento ocidental. Roussea, Voltaire, Diderot, Montesquieu escreveram páginas de repercussão mundial.

A filosofia dominante nesses países é o Iluminismo, de John Locke, que tem como base o culto das ciências, da razão e do progresso. Segundo essa doutrina filosófica, o conhecimento chega ao ser humano através do sentidos. O século XVIII é chamado “o século das luzes”, pois acreditava-se que tudo podia ser explicado pela ciência e pela razão.

Em Portugal, o vulto dominante na política a quem coube promover a renovação cultural foi Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.

Um dos atos mais importantes do marquês de Pombal foi a expulsão dos jesuítas, passou para as mãos dos leigos.

Como consequências dessas transformações ocorridas, surgiu o Arcadismo, o novo estilo literário.

III – Características do Arcadismo

Visão otimista da natureza – para o artistas do estilo árcade, a natureza é uma mãe que a todos alimenta e abriga.

Possivelmente em oposição ao crescimento das cidades da Europa na Segunda metade do século XVIII, os árcades defendem uma vida simples, em direta relação com a natureza. Há uma certa idealização na apresentação da natureza, isto é, os detalhes positivos da natureza são ampliados e os negativos simplesmente esquecidos.

Um ideal de vida – em completa oposição às dúvidas e aos problemas colocados pelos artistas do Barroco, os árcades apresentam um ideal de vida: viver calmamente no ritmo da natureza em íntima relação com esta.

Viver como pastores cuidando de suas ovelhas sem desejar as glorias do mundo era o ideal de vida expresso pelos árcades. Chamado de áurea mediocridade, este ideal foi retomado dos poetas latinos, como Horácio, por exemplo.

Valorização da vida terrena – os poetas do estilo árcade valorizam a vida terrena, o aqui e o agora. Acreditam que a vida é breve e por isso deve ser aproveitada. Retomam a forma do poeta latino Horácio: Carpe Diem (aproveitam o dia, ou seja, aqui e agora a vida deve ser aproveitada).

Retomada dos valores do Estilo clássico – muitos estudiosos da literatura chamam o estilo árcade de Neoclassicismo, exatamente porque os árcades retomam os modelos clássicos greco-latinos e renascentistas, reagindo, portanto, contra os exageros do Barroco e defendendo uma literatura simples, bucólica, pastoril.