Resumo II sobre o Ciclo do Açúcar

Ciclo do açúcar

Canavial em Pernambuco - Foto: André Vilaron

A economia canavieira teve grande importância na consolidação do interesse europeu pela exploração do território brasileiro. Com a conquista da América, a cana pode ser cultivada em grandes lavouras e o uso do açúcar foi popularizado na Europa, deixando de ser artigo de luxo. O governo português investiu na construção de engenhos e baseou sua política de distribuição de terras na capacidade dos donatários em administrar o empreendimento. Com avanços e retrocessos, a cana foi a responsável por metade das exportações da colônia entre os séculos XVI e XVIII. A economia açucareira ocupou boa parte da faixa litorânea nordestina e foi alvo da cobiça sendo motivo para guerras e ocupações estrangeiras.

Toda esta atividade marcou a arquitetura, a cultura e a gastronomia brasileira tendo sido registrada em diversas obras de arte e movimentos culturais. Mesmo com a diversificação da economia e a crise do setor açucareiro, os canaviais ainda continuam ativos dando suporte à forte presença do açúcar na cozinha brasileira e à tentativa de obtenção de combustíveis a partir da cana.

Livro e ficha técnica

Brasil 500 anos de imagens: Ciclo do açúcar

O massapê é o solo apropriado para a cana-de-açúcar e também de onde os grandes artistas populares do nordeste retiram a sua matéria prima para a confecção das famosas cerâmicas e bonecos que representam o imaginário da cultura nordestina e que alcançou o reconhecimento em todo mundo pela mistura de simplicidade e virtuose dos seus artistas populares, cujo grande representante é Mestre Vitalino.

A riqueza visual deste mundo de barro tem suas origens na própria história de ocupação do nordeste, da entrada da lavoura da cana, da chegada dos escravos, das invasões holandesas e do cenário seco do agreste e do sertão, cuja mistura forma um dos blocos culturais mais ricos e diversificados da cultura brasileira.

Toda esta festa da forma e das cores será retratada em nosso livro.