Trabalho Pronto - Câncer

Resumo de biologia sobre o Câncer.

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Trabalho Pronto - Câncer
Câncer

Nome dado a todas as formas de tumor maligno. A palavra vem do latim câncer, que significa caranguejo. Esse nome se deve à semelhança entre as pernas do crustáceo e os tentáculos do tumor, que se infiltram nos tecidos sadios do corpo.

Os tumores se desenvolvem quando certas células de um organismo se multiplicam de maneira descontrolada em virtude de uma anormalidade nos genes. Forma-se, então, um núcleo celular sólido e uma rede de vasos sanguíneos para sustentá-lo. Através da corrente sanguínea ou linfática, as células malignas atingem outros órgãos e originam novos tumores, processo conhecido como metástase. 

Em geral, o câncer é uma doença de longa evolução. Até atingir o tamanho aproximado de uma azeitona, que é quando costuma ser diagnosticado, um tumor pode levar alguns anos para ser descoberto. Existem mais de cem tipos de câncer. Cerca de 90% deles são curáveis se diagnosticados precocemente e tratados de maneira correta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1997 morreram de câncer 6,24 milhões de pessoas em todo o mundo, o equivalente a 12% do total mundial de mortes. Alcança 9,3 milhões o número de novos casos anualmente, elevando para 57,5 milhões o total de doentes. Até 2020, pelo menos 15 milhões de pessoas desenvolveram a doença. O tipo de câncer mais comum é o de pulmão, que provoca 1 milhão de mortes, seguido dos de estômago, intestino, fígado, mama, esôfago, boca e colo do útero. 

No Brasil, os tumores mais letais são os do estômago, e o câncer, de maneira geral, é a terceira causa de morte, depois de doenças circulatórias e de fatores externos (acidente, homicídio etc.).

Causas - As causas do câncer não são conhecidas, mas alguns fatores potencializam o risco de sua manifestação. O fumo aumenta a chance de câncer no pulmão. A exposição demasiada ao sol intensifica o risco de câncer de pele. 

O excesso de bebida alcoólica favorece o câncer de boca. Distúrbios hormonais podem provocar câncer de mama. Certas infecções possibilitam o surgimento de câncer no fígado e no estômago. Radiações aumentam os riscos de leucemia. 

O estresse, a alimentação pobre em fibras e o consumo excessivo de gordura, conservantes químicos e substâncias oxidantes também estão relacionados a alguns tipos de câncer. Já está provado que a propensão a determinadas formas da doença é característica hereditária e que os riscos crescem com a idade.
Tratamento - A cirurgia e a radioterapia são formas locais de combate à doença. 

A cirurgia é usada para a retirada dos tumores. Já a radioterapia mata a célula maligna pelo efeito da irradiação, mas pode atingir outros tecidos, provocando inflamações. A quimioterapia, tratamento à base de drogas, impede a reprodução celular e leva as células malignas à morte. Atua também sobre as células normais, causando efeitos colaterais temporários, como queda de cabelo, vômito e diarréia. A hormonoterapia é usada para combater os tumores mais sensíveis à ação dos hormônios, como os de mama e os de próstata. 

A utilização de tratamentos que associam a cirurgia à radioterapia ou à quimioterapia tem mostrado resultados satisfatórios, como nos tumores ósseos mais comuns e nos casos de câncer de mama.

As pesquisas baseadas na terapia gênica buscam a fabricação de cópias de genes normais e sua implantação nas células em que foram detectados os problemas. A ciência investe também na produção de drogas que interrompam a fase na qual o tumor produz seus próprios vasos sanguíneos para crescer. Em 1995 foram registrados progressos nas pesquisas com interferon, uma proteína natural capaz de matar células cancerosas, e com interleucina, grupo de moléculas produzido em pequenas quantidades pelas células e considerado eficaz para desencadear a ação do sistema imunológico. 

A terapia fotodinâmica, que usa um aparelho emissor de luz pulsante associado a um creme fotossensibilizante, começa a ser empregada no tratamento de alguns tipos de câncer de pele.

A confirmação da relação entre certos tipos de câncer e infecções tem levado os pesquisadores a trabalhar no desenvolvimento de vacinas contra a doença. Uma vacina já utilizada na prevenção do câncer de fígado é a que protege contra a hepatite do tipo B. Calcula-se que surjam cerca de 540 mil novos casos de câncer de fígado por ano no mundo, dos quais 83% estão relacionados com a hepatite B.

Grupos de cientistas também estão tentando desenvolver uma vacina contra o papiloma humano para reduzir os casos de câncer cervical. Foi comprovado que a infecção do colo do útero por esse vírus, sexualmente transmissível, aumenta o risco de surgimento de tumores. Ele é responsável por 436 mil casos anuais de câncer cervical e por 31 mil de câncer vaginal em todo o mundo.

Outra vacina em fase de pesquisa é a que combate a Helicobacter pylori. Cerca de 550 mil casos de câncer de estômago ocorrem em conseqüência das infecções provocadas por essa bactéria. Graças ao avanço nos estudos da biologia molecular está sendo estudada ainda a criação de vacinas contra tumores não relacionados a infecções. 

No final de 1998, o especialista norte-americano Judah Folkman realiza, talvez, a mais séria tentativa, deste século, de dar fim ao câncer. Em experiências com ratos, Folkman consegue destruir totalmente os tumores simplesmente os matando de fome. Para isso injeta nos animais substâncias que cortam o suprimento de sangue para os tecidos doentes. 

O tratamento não teria contra-indicações significativas até onde se sabe e nenhum dos efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia, além de servir para qualquer tipo de tumor. Entretanto, calcula-se que o medicamento poderá entrar no mercado somente daqui uma década. Ainda são necessários mais testes para verificar se o fornecimento de sangue para as células normais também não seria afetado.