Resumo II sobre a Revolução Industrial

Trabalho pronto escolar de história sobre a Revolução Industrial.

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Resumo II sobre a Revolução Industrial

Revolução Industrial

Processo de mudança de uma economia agrária e manual para uma economia dominada pela indústria e mecanização da manufatura. Tem início na Inglaterra em 1760 e alastra-se para o resto do mundo, provocando profundas mudanças na sociedade. Caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia; invenção de máquinas  que permitem aumentar a produção com menor gasto de energia humana; divisão e especialização do trabalho; desenvolvimento do transporte e da comunicação; e aplicação da ciência na indústria. A revolução também promove mudanças na estrutura agrária e o declínio da terra como fonte de riqueza; a produção em grande escala voltada ao mercado internacional; a afirmação do poder econômico da burguesia; o crescimento das cidades e o surgimento da classe operária; e consolida o capitalismo como sistema dominante da sociedade.

1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – Ocorre a partir de 1760 e restringe-se à Inglaterra (ver Reino Unido). O pioneirismo deve-se ao acúmulo de capital, devido à rápida expansão do comércio ultramarino e continental; às reservas de carvão e ferro; à disponibilidade de mão-de-obra; ao avanço tecnológico; à existência de mercados consumidores. Na sua origem está a Revolução Gloriosa (1688). Ela fortalece a burguesia, que transforma a estrutura agrária do país e conquista os mercados mundiais.

A disponibilidade de capital e o sistema financeiro eficiente facilitam os investimentos dos empresários, que constroem ferrovias, estradas, portos e sistemas de comunicação, favorecendo o comércio. Os campos são apropriados pela burguesia, no processo chamado de cercamentos, quando são criadas extensas propriedades rurais. Com isso, os camponeses são expulsos das terras, migram às cidades e tornam-se mão-de-obra disponível. Por outro lado, aumenta a produção de alimentos, favorecendo o crescimento populacional.

Avanços técnicos – A criação de novas máquinas – como a máquina a vapor e o tear mecânico – e o ferro obtido com uso de carvão de coque permitem o aumento da produtividade e racionalizam o trabalho. Com a aplicação da força a vapor às máquinas fabris, a mecanização difunde-se na indústria têxtil. Para aumentar a resistência das máquinas, o metal substitui a madeira, estimulando a siderurgia e o surgimento da indústria pesada de máquinas. A invenção da locomotiva e do navio a vapor acelera a circulação das mercadorias.

Oferta de mão-de-obra – O novo sistema industrial cria duas novas classes opostas. De um lado, os empresários – donos do capital, dos modos e bens de produção –, de outro, os operários, que vendem sua força de trabalho em troca de salários. A Revolução Industrial concentra os trabalhadores em fábricas, promove o desenvolvimento urbano e muda radicalmente o caráter do trabalho. Para aumentar o desempenho dos operários, a produção é dividida em várias operações. O operário executa uma única etapa, sempre do mesmo modo, o que o aliena do processo de trabalho.

Com a mecanização, o trabalho desqualifica-se, o que reduz os salários. No início, os empresários impõem duras condições aos operários para aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. Estes, então, organizam-se em associações para reivindicar melhores condições de trabalho, dando origem aos sindicatos (ver Sindicalismo).

2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – Inicia-se a partir de 1870, com a industrialização da França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Novas fontes de energia (eletricidade e petróleo) e produtos químicos, como o plástico, são descobertos e o ferro é substituído pelo aço. Surgem novas máquinas e ferramentas. Em 1909, Henry Ford cria a linha de montagem e a produção em série, com base no taylorismo. Na segunda metade do século XX, quase todas as indústrias já estão mecanizadas e a automação alcança todos os setores das fábricas.

As inovações técnicas aumentam a capacidade produtiva das indústrias e o acúmulo de capital. As potências industriais passam a buscar novos mercados consumidores (ver Neocolonialismo). Os empresários investem em outros países. Os avanços na Medicina  sanitária favorecem o crescimento demográfico, aumentando a oferta de operários. Nos países desenvolvidos, surge o fantasma do desemprego.

3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – No período pós- 2ª Guerra Mundial, surgem complexos industriais e empresas multinacionais. As indústrias química e eletrônica desenvolvem-se. Os avanços da automação, da informática  e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez mais de alta tecnologia e da mão-de-obra especializada. Os computadores tornam-se a principal ferramenta em quase todos os setores da economia, e o conhecimento, ou a informação, o requisito primordial ao trabalhador. O mundo entra na era da globalização, ou seja, do imperialismo com novo nome.