Resumo II sobre o Efeito Estufa

Trabalho pronto escolar de geografia sobre o Efeito Estufa.

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Resumo II sobre o Efeito Estufa

Fenômeno pelo qual a energia térmica do Sol é aprisionada no interior da atmosfera terrestre, ocasionando um acréscimo no aquecimento do planeta.

Este termo, relativamente novo na Ecologia, representa o aumento da temperatura média na superfície da Terra, especialmente nas camadas mais baixas da atmosfera. Representa uma perturbação ambiental antrópica de intensa gravidade uma vez que resulta das atividades humanas e é capaz de causar profundas alterações climáticas e ecológicas no planeta.

Este aquecimento é causado pelo EFEITO ESTUFA, gerado por certos gases, especialmente CO2 (dióxido de carbono), CH4 (metano), CFCs (cloro-flúor-carbono) e N2O (óxido nitroso), além do vapor d'água. Estas substâncias impedem que grandes quantidades da energia recebida da luz do sol (e transformada em calor) se dissipe pelo espaço. É por esse motivo que a temperatura no planeta é relativamente estável e propícia ao desenvolvimento da vida.

No entanto, devido às atividades humanas (especialmente a queima de combustíveis), aumentos rápidos e significativos na concentração destes gases têm ocorrido nas últimas décadas causando um elevação preocupante na temperatura média do planeta. A concentração destes gases praticamente dobrou, nos últimos 100 anos, fazendo com que a temperatura global aumentasse em 0,5 grau Celsius no mesmo período. O aumento da temperatura resulta também no aumento da evaporação da água, o que significa mais vapor d'água na atmosfera, agravando o efeito estufa, e assim por diante. Esta situação é ainda agravada pelo elevado nível de desmatamento atualmente existente. A redução na cobertura de florestas reflete também no aumento de CO2 da atmosfera, uma vez que as árvores são eficientes na absorção deste gás, o qual é fundamental para o processo da fotossíntese.

Previsões feitas por pesquisadores em todo o mundo indicam um intenso aumento destes gases no próximo milênio, caso mudanças profundas na sociedade não sejam feitas a curto, médio e longo prazo. As mudanças climáticas previstas resultarão em profundas alterações no ambiente e na biosfera como um todo, e consequentemente em muitos aspectos da vida humana. O degelo acelerado das calotas polares causará um aumento no nível médio dos oceanos. Este aumento já está ocorrendo atualmente, em uma taxa de cerca de 6 cm a cada 10 anos. Este efeito representa uma séria ameaça para a humanidade, uma vez que as maiores concentrações populacionais estão nas zonas costeiras dos continentes. Prevê-se que milhares de cidades litorâneas serão invadidas pelas águas.

Diversos efeitos deletérios também tendem a ocorrer nos ecossistemas, como o desequilíbrio na produção e transferência de energia, alteração da composição de espécies, extinção de populações, comunidades ou mesmo ecossistemas, além das implicações no balanço hídrico do planeta. Os padrões de ventos, chuvas e umidade relativa da atmosfera também tendem a modificar.

No mar, mudanças consideráveis poderão ser provocadas, entre elas, alterações nos ciclos e fluxos de nutrientes, na distribuição e densidade dos organismos marinhos, e nas características físicas e químicas da água.

Uma das soluções mais defendidas para se reverter o processo do efeito estufa é substituir o uso de combustíveis fósseis como petróleo e carvão vegetal por fontes limpas de energia.

Energia solar, dos ventos (eólica), das ondas, marés e correntes marinhas, são algumas das possibilidades, cujo uso contribuiria para o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e a preservação do meio ambiente na Terra.

Inversão Térmica

Nas grandes cidades, durante o inverno, a qualidade do ar fica seriamente comprometida devido ao fenômeno da inversão térmica, no qual, com o rápido resfriamento do solo durante a noite, ou com o rápido aquecimento das camadas atmosféricas mais altas, o ar quente fica por cima do ar frio, impedindo que as camadas mais próximas da superfície possam circular. Com isso, os poluentes presentes nas camadas mais baixas não tem condições de ser dissipados e acumulam-se em concentrações bastante tóxicas. Já nos dias quentes, uma vez que maiores temperaturas reduzem a solubilidade dos gases dissolvidos na água dos rios, gases como o gás sulfídrico, derivado de enxofre, são liberados da águas poluídas dos rios para a atmosfera, causando intenso mau cheiro nas áreas próximas.

Camada de Ozônio

O ozônio é um importante componente gasoso da atmosfera terrestre, acumulando-se especialmente nos estratos mais altos da mesma (estratosfera). Nesta região forma-se a camada de ozônio, a qual filtra a perigosa radiação solar (especialmente os raios ultravioleta).

A diversificação da vida na Terra só foi possível 2 bilhões de anos após sua formação, graças ao acúmulo de oxigênio e ozônio na atmosfera, resultado do metabolismo das primeiras algas fotossintetizantes. Na ausência desta camada gasosa protetora a radiação destrói moléculas orgânicas e provoca mutações nas células.

Atualmente a concentração do O3 está se reduzindo na alta atmosfera devido a interações químicas entre eles e poluentes industriais denominados CFCs (Cloro-flúor-carbonos). Estes poluentes, também denominados freons, são lançados na atmosfera com o uso de aerossóis, refrigeradores, tintas e inseticidas, entre outros.

O aumento na incidência de câncer de pele é a consequência mais direta do buraco de ozônio na atmosfera, uma vez que a quantidade de raios ultravioletas na Terra aumenta. Muitos outros efeitos são possíveis. No mar, por exemplo, pode ocorrer:

- morte de algas planctônicas nas camadas superficiais dos oceanos;

- consequente redução da produtividade primária dos oceanos, causando perturbações na teia trófica marinha;

- reflexos da queda da produtividade nas atividades de extrativismo como a pesca.

A preocupação com o aumento do buraco de ozônio tem levado os governantes e a comunidade científica a exigir das indústrias a substituição dos CFCs, por outros produtos químicos inertes ao O3.

Desertificação

Processo de transformação de uma região semiárida em deserto, em consequência de fatores naturais, da ação do homem ou da combinação desses dois tipos de fatores (as queimadas, o pastoreio excessivo e as culturas exaustivas podem romper o equilíbrio ecológico e levar à desertificação. A desertificação pós-glacial, que produziu o atual Saara por diminuição da pluviosidade anual sobre a região, fez-se lentamente, durante milênios. A desertificação pela ação do homem, infinitamente mais rápida, coloca em perigo de morte, por subnutrição, de milhões de seres humanos.