Resumo sobre A Guerra do Paraguai

Trabalho pronto escolar de história sobre A Guerra do Paraguai.

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Resumo sobre A Guerra do Paraguai

Esta foi a maior guerra da América do Sul, pois o exército paraguaio era de cerca de 90.000 homens, sendo 30.000 do exército permanente (reserva, milícia ou veteranos) e o restante exercitando-se em campos de instrução, isto em 1864. Quanto ao exército aliado até Abril de 1860, teve em campo 33.000 praças brasileiros, 12.000 argentinos e cerca de 2.500 orientais, perfazendo um total aproximado de 47.500 praças. O exército paraguaio achava-se instruído e aparelhado em material, pois Solano Lopez acreditava que só a guerra poderia tornar conhecida no mundo a República Paraguaia e tal sua proclamação ao exército expedicionário contra o Brasil termina dizendo: "Soldados e marinheiros, mostrai ao mundo inteiro quanto vale o soldado paraguaio!" 

A causa da guerra foi fácil arranjar, conforme vimos anteriormente o Brasil intervira na República Oriental do Uruguai para garantir os brasileiros ali domiciliados. Lopez, aproveitando essa oportunidade dirigiu ao Governo Imperial do Brasil uma notificação ameaçadora erigindo-se em arbítrio supremo entre o Brasil e o Uruguai, procurando restringir ao Brasil uma parte dos seus direitos de soberania no conflito com o governo de Montevidéu. Como não obtivesse resposta do governo brasileiro, Lopez viu nisso um pretexto para provocar a guerra, iniciando logo a invasão do território brasileiro do Mato Grosso e o aprisionamento do paquete (navio) "Marquês de Olinda", no dia 11 de Novembro de 1864, em cujo bordo viajava o Coronel Carneiro de Campos, presidente da província do Mato Grosso, sendo encarcerado o presidente em uma prisão do Estado. O nosso ministro Vianna protestou contra a violência, tendo recebido como resposta seus passaportes no dia 13 Novembro de 1864. Estava declarada a guerra. 

O Brasil, a Argentina e o Uruguai fizeram uma aliança contra o Paraguai. A Argentina tinha como objetivo vingar o ultraje sofrido, pois Lopez ordenou a invasão de Corrientes e o aprisionamento de dois navios da esquadra argentina, sem prévio rompimento.

a) Batalha Naval do Riachuelo - Realizou-se em 11 de Junho de 1865, a esquadra brasileira sob o comando do Almirante Francisco Manoel Barroso, enfrentou a esquadra inimiga, conquistando a vitória para as armas brasileiras, após renhidos combates entre os navios dos dois lados e a artilharia inimiga de terra. Antes da batalha o Almirante Barroso hasteou no mastro do navio chefe o sinal - "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever". 

b) Rendição de Uruguaiana - Uma coluna paraguaia de 10.000 homens sob o comando do coronel Estigarriba invadiu o Rio Grande do Sul. No dia 13 de Junho de 1865 tomou conta da vila de S. Borja, onde o saque foi feito oficialmente por ordem de Estigarriba. O mesmo sucedeu com a vila de Itaqui a 7 de Julho de 1865. Finalmente os paraguaios chegaram a vila de Uruguaiana onde foram sitiados por 17.346 homens do exército aliado sob o comando do Imperador do Brasil D. Pedro II. A 18 de Setembro de 1865, rendeu-se o coronel Estigarriba, sendo preso junto com sua guarnição, num total de 5.131 praças e 59 oficiais. 

c) Tomada do forte de Coimbra - Os paraguaios também invadiram o Mato Grosso e 5.000 inimigos atacaram o forte de Coimbra, que tinha uma guarnição de 157 combatentes sob o comando do bravo Tenente-Coronel Porto Carrero. Após uma resistência de dois dias os praças viram-se obrigados, pela falta de munição, a abandonar o forte, o que o fizeram iludindo o inimigo durante a noite de 29 de Dezembro de 1864. É digno de menção aqui, o procedimento das mulheres brasileiras, que se encontravam no forte fabricando munição durante a noite, sendo a principal figura nisso a própria esposa de Porto Carrero. 

d) Tomada da Colônia de Dourados - Os paraguaios em número de 300 homens, atacaram Dourados, que era defendida pelo bravo e brioso Tenente de Cavalaria Antônio João e quinze homens. Resistiu até a morte esse herói; ele quis com o seu sangue e dos seus bravos soldados protestar contra a invasão do sóoo pátrio. A queda de Dourados se deu a 29 de Dezembro de 1864. 

Antes do combate, Antônio João escreve para Urianda comunicando a presença do inimigo e assim termina: "Sei que morro mas o meu sangue e de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria". 

e) Retirada da Laguna - A força brasileira de 3.000 homens que foi enviada para impedir a invasão do Mato Grosso, chegou à fronteira, já reduzida a um terço devido a fome e a peste. A coluna teve que se retirar logo após ter invadido o território inimigo, debaixo da perseguição tenaz do adversário, da fome, da peste do cólera, da sede e do incêndio, que o inimigo ateava aos campos e só por um exemplo frisante de abnegação e elevado patriotismo conseguiu retirar em ordem e sem deixar os canhões e demais materiais de guerra em poder do inimigo. Essa retirada custou a vida de 900 bravos patrícios dos 1.600 que a iniciaram desde a Lahuna, inclusive seu comandante Camisão. 

f) Batalha a de Tuiutí - Esta batalha teve lugar a 24 de Maio de 1866 entre as tropas aliadas contra 25.000 paraguaios. Mitre era o comandante em chefe do exército aliado e o intrépido General Osório, cuja ação foi muito decisiva para a vitória, era chefe do exército Brasileiro. Obtivemos uma vitória, tendo o inimigo cerca de 12.000 baixas, 220 prisioneiros, inclusive 4 bocas de fogo e 3 bandeiras. 

g)Tomada de Curuzú - Em 1 de Setembro de 1866, o valente general Visconde de Porto Alegre atacou por terra o forte inimigo de Curuzú, conseguindo desalojar os Paraguaios. 

h) Derrota de Curupaití - Em 22 de Setembro de 1866, sofreram os aliados uma derrota no ataque que levaram contra Curupaití. Isso trouxe como consequência a exoneração de Mitre do comando em chefe, tendo-o substituído o General Duque de Caxias. 

i) Passagem de Itororó - Em 6 de Dezembro de 1868, os corpos brasileiros chegaram em frente a ponte sobre o rio Itororó debaixo de um fogo destruidor dos paraguaios. Três vezes os nossos foram repelidos na passagem, quando o bravo Caxias num rasgo de heroísmo e exemplo, arrojou-se para a frente dizendo: "Quem for brasileiro me siga" e imediatamente seguido por seus valentes soldados efetuou a passagem da ponte no meio do fogo intenso do inimigo, sendo este destroçado. 

j) Batalha de Avaí - Realizada em 11 de Dezembro de 1868, nela destroçamos completamente o inimigo, e fizemos muitos prisioneiros. Tomaram parte nessa batalha os mesmos chefes e soldados que venceram em Itororó. 

k) Batalha de Lomas Volentinas - Teve lugar em 22, 25 e 27 de Dezembro de 1868, obtivemos uma vitória completa, tendo Lopes se internado no interior de seu país. Este encontro foi o último em que o poderoso exército inimigo se mostrou forte e organizado, pois, depois disso Lopez com os restos de seu exército, começou a fugir sem opor uma resistência digna de um exército regular. 

l) Ocupação de Assunção - Em 31 de Dezembro de 1868, foi ocupada a capital do Paraguai por uma coluna brasileira sob o comando do Coronel Hermes Ernesto da Fonseca, que ali hasteou com todas as honras a nossa sagrada e vitoriosa bandeira. 

m) Fim da Guerra - Depois da ocupação de Assunção assumiu o comando das forças brasileiras o Conde d'Eu, a luta que então se desenvolvia pelas cordilheiras paraguaias apresentou ainda alguns combates sem grande importância onde sempre o inimigo era derrotado e fugia. Até que a 1 de Março de 1870. quando comandava as forças de perseguição o General Câmara, foi o ditador Solano Lopez lanceado nas margens do rio Aqui da banagui pelo cabo Francisco Lacerda "vulgo" Chico Diabo. 

O ditador sentindo-se gravemente ferido tenta atravessar o rio para a margem oposta, apega-se do cavalo, faz a travessia com grande dificuldade, quando as forças lhe falecem, mas apoiando o corpo no braço esquerdo, tendo na direita a espada desembainhada atira um golpe contra o General Câmara que Viera oferecer-lhe a garantia de vida sob rendição. 

Um soldado defere-lhe um tiro no ombro e pouco depois o tirano sucumbe.