Resumo sobre a Indonésia

A crise de Timor Leste - um grotão do planeta pouco valorizado por nações poderosas - conseguiu ensombrecer a abertura da Cúpula do Milênio em Nova York, nos Estados Unidos. No dia 5, véspera do início do encontro promovido pela Organização das Nações Unidas, três funcionários da entidade foram assassinados em Timor Oeste, território indonésio no Pacífico Asiático. Eles trabalhavam num campo de refugiados timorenses quando foram atacados por milícias armadas com facas e revólveres. A brasileira Margarida Rodrigues Vasconcellos, de 55 anos, que visitava uma amiga, foi ferida durante a chacina e removida para um hospital em Dili, capital de Timor Leste. Os funcionários da ONU, muitos deles voluntários, são civis e não portam armas. 

Antiga colônia portuguesa e território indonésio até o ano passado, Timor Leste é governado provisoriamente pela ONU, sob a chefia do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello. A violência começou em 1999, depois do referendo em que a maioria dos timorenses orientais votou pela independência da província. Milícias indonésias desencadearam uma campanha de terror que provocou cerca de 1.000 mortes e destruiu 70% da infraestrutura da região. Mais de 120 mil timorenses fugiram para o lado ocidental, onde sobrevivem em acampamentos da ONU. Grande parte quer voltar, mas teme o estigma que marca suspeitos de colaboração com os dominadores. E ainda enfrenta a violência ocasional das milícias, favorecidas pela indulgência do Exército indonésio. 

PESQUISA DE GEOGRAFIA

A matéria utilizada nesse trabalho retrata a Indonésia, País pobre da Ásia, que se encaixa no padrão de periferia mais periférica.

A matéria diz: no dia 5, véspera do início do encontro promovido pela ONU, houve um ataque por parte das milícias, munidas de facas e revolveres, matando três funcionários da ONU e ferindo uma senhora brasileira. Muitos dos funcionários da ONU são voluntários e não portam armas. Mesmo governado pela ONU o Timor oeste se tornou um território muito violento desde 1999, após a votação da independência da província. Já morreram pelas mãos das milícias indonésias mais de 1000 pessoas, fugiram mais de 120.000 timorenses e ainda se enfrenta a violência das milícias favorecidas pelo Exército Indonésio. 

UM POUCO MAIS SOBRE A INDONÉSIA...

País composto por milhares de ilhas tropicais no Sudeste Asiático, na região onde os oceanos Pacífico e Índico se encontram.

Parcialmente administrado pela Companhia das Índias Orientais (holandesa), a partir do século 17, as ilhas formaram as Índias Holandesas em 1914. Em 1920, movimentos políticos nativos passaram a exigir independência total. O Partido Nacionalista Indonésio de Sukarno foi banido pelos holandeses na década de 30. A ocupação japonesa de 1942-5 fortaleceu os sentimentos nacionalistas e, aproveitando-se da derrota japonesa em 1945, Sukarno proclamou a independência da Indonésia e estabeleceu o governo republicano. As tentativas holandesas de reassumir o controle encontraram oposição popular(Revolução da Indonésia), que resultou na transferência do poder, em 1949. Em 1957, a democracia parlamentarista deu lugar à semi-ditadura, ou "democracia guiada" do presidente Sukarno, um regime baseado na constituição original de 1945, com um executivo forte e poderes especiais reservados ao exército e à burocracia. A popularidade de Sukarno começou a diminuir depois de 1963, com o aumento da conscientização pelos proprietários muçulmanos de direita da crescente influência do comunismo no governo. Entre 1965-6 uma inflação galopante e a inquietação camponesa levaram o País à beira do colapso, quando o exército, sob a liderança do general Suharto, aproveitou-se de um confuso golpe dado por oficiais de esquerda para completar um expurgo sangrento no Partido Comunista(PKI)e depor Sukarno(1967).

Apesar do inicial sucesso na reconstrução da economia e na restauração do crédito junto aos financiadores capitalistas ocidentais, o regime de Suharto manteve-se autoritário e repressivo, dirigindo-se implacavelmente contra os oponentes políticos internos, como por exemplo os membros dos grupos fundamentalistas islâmicos e os dissidentes do Timor Leste. Seu regime conquistou um grande crescimento da economia e certa estabilidade nas 13.700 ilhas da república, mas houve um crescimento da preocupação internacional com o ritmo do desmatamento, bem como o desrespeito aos direitos humanos no País.