Resumo sobre o Windows 95

Trabalho pronto escolar de informática sobre o Windows 95.

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Resumo sobre o Windows 95

A partir do lançamento das máquinas com processadores 386, em 1987, os micros já dispunham de características de processamento em 32 bits, porém ficavam presos aos limites impostos pelos sistemas operacionais existentes. Lançado em maio de 1992, o OS/2 2.1 foi o primeiro sistema operacional de 32 bits para PC produzido em escala mundial. Com suporte a aplicações DOS e Windows 3.x, o produto ganhou nova versão, a 3.0, lançada há dois anos com o nome de OS/2 Warp. Voltado, a princípio, para subtrair mercado do Windows 3.x e, depois, para ocupar o espaço deixado pelos sucessivos adiamentos da chegada do Windows95, o produto não logrou êxito em nenhuma das duas tentativas. O OS/2, apesar de suas características avançadas para tratamento das informações, não dispunha de plataforma de software que justifica-se a migração dos 16 bits oferecidos pela dupla DOS/Windows 3.x para o novo sistema. Como forma de facilitar o processo de migração, o OS/2 usa as API's do Windows 3.x para que possa rodar uma máquina virtual Windows 3.x dentro de uma seção OS/2, podendo assim rodar aplicativos para Windows 3.x. Como se pode ver, havia um sistema operacional de 32 bits que emulava um outro de 16 bits, isto é, não havia ganho na mudança de plataforma. A IBM não conseguiu atrair desenvolvedores de software, que programassem para o novo sistema operacional, pois entre desenvolver para um ambiente com uma centena de milhões de usuários do ambiente Windows e outro com alguns milhões do OS/2, os produtores de software apostaram na lógica. 

Em agosto de 1995, a Microsoft, através de uma campanha de marketing milionária, fez o lançamento mundial do Windows95. Havia fila na porta das lojas para a compra do novo sistema de 32 bits. Aproveitando a publicidade, várias indústrias de software lançaram, também, as versões de seus aplicativos para Windows95. 

O Windows95 é completamente diferente do seu antecessor. A primeira grande diferença, é o fato dele ser um sistema operacional, ao contrário do Windows 3.x que dependia do DOS instalado para funcionamento. A grande maioria dos conflitos são causados pela forma diferente de gerenciamento e controle do hardware e dos softwares impostas pelo Windows95, que verifica com maior rigor as características necessárias ao perfeito desempenho da máquina. 

Passada a primeira emoção da troca do sistema operacional, começaram a surgir os problemas. Os usuários, cansados de GPF, estavam agora com PROBLEMAS NO REGISTRO. O novo sistema não reconhecia e muitas vezes não trabalhava com determinado hardware. Alguns softwares também não eram bem vistos pelo Windows95. A tão propalada compatibilidade com aplicativos de 16 bits, não funcionava plenamente. Os usuários de jogos que rodavam sobre o DOS, tinham a esperança que com o Windows95, seus problemas de falta de memória acabariam, pois como divulgado, o novo sistema trataria a memória do micro como um todo, sem limite por áreas, e ficaram surpresos ao ver que alguns dos seus jogos não funcionavam com o novo sistema. 

Na verdade a migração para o Windows95 não é uma tarefa simples. Por se tratar de um sistema operacional e não um programa qualquer, vários aspectos devem ser considerados, tais como performance, memória requerida, hardware necessário, espaço no disco rígido, etc.

O uso de um sistema operacional de 32 bits é algo que mais cedo do que pensamos terá que ser feito. O Windows95 talvez não seja a melhor opção olhando pelo lado do sistema, porém é a plataforma que desde o seu lançamento já haviam softwares disponíveis, e hoje, por causa dos softwares de 32 bits não funcionarem sobre a plataforma de 16 bits, várias softhouses começam a pensar em só produzir para a plataforma de 32 bits, significando que, em muito pouco tempo, quem não estiver usando o Windows95, terá que se contentar com softwares antigos e sem os recursos das novas versões. 

Diferenças

Deixando os problemas de lado, o primeiro passo para aproveitar os benefícios dessa nova plataforma é observar que, quando se fala em arquiteturas de 16 ou de 32 bits, está-se tratando do modo como as informações trafegam dentro do PC. No primeiro caso, os dados são remetidos do microprocessador para os periféricos em grupos de 16 bits. Apenas para formar uma imagem prática desse processo, se as informações forem entendidas como texto, cada um desses lotes contém o equivalente a dois caracteres. Mais robusta, a solução de 32 bits permite o envio de lotes com o dobro de conteúdo, ou seja, como no exemplo, 4 letras de cada vez. Assim, mais informações são transferidas ao mesmo tempo, havendo um ganho de desempenho. Contudo a relação não é linear, pois uma placa de 32 bits não é duas vezes mais rápida que outra de 16 bits, tendo um ganho um pouco menor, pelo fato de circularem também grupos com 8 e 16 bits de informação. Por causa dessas características, todos os processos ficam mais rápidos, desde a cópia de disco até a impressão de um documento, passando pela instalação de programas, descompactação de arquivos, etc... 

Outro aspecto que merece destaque, não tem haver com o desempenho, mais talvez seja o maior responsável pela boa aceitação do Windows95, e refere-se a interface com o usuário. Mais limpa, bem arrumada e com recursos que facilitam a execução de operações trabalhosas, a nova interface chama atenção. A janela principal, dependendo das opções escolhidas durante o processo de instalação, contém somente 6 ícones. Operações de exclusão de arquivos, formatação de disquetes, cópia ou impressão, são feitas rapidamente com o uso do botão direito do mouse, que agora, realmente, tem finalidade. Se durante uma operação de formatação de disquete, por exemplo, você mover o mouse para fora da área da janela ativa, o mouse volta ao formato de "seta" e torna possível a execução de uma nova tarefa. No Windows95 as operações de formatação e cópia de arquivos não monopolizam o uso da máquina. 

O Windows95 tem um excelente gerenciador de memória, eliminando a necessidade dos recursos complicados de gerenciadores de memória externos, como o QEMM, que apesar de em algumas situações melhorarem o desempenho das máquinas na plataforma DOS/Windows 3.x, sempre foram criadores de casos, e por experiência, comprova-se que as máquinas quando rodam sem esses gerenciadores externos, funcionam melhor. 

Na linha de utilitários de disco, quando estivermos usando o Windows95, não podemos em hipótese alguma usar os utilitários de disco do DOS , pois eles não vão reconhecer os nomes longos do Windows95 e interpretar como informação errada de tamanho de arquivo, e farão uma tremenda confusão no seu sistema. Como exemplo, vamos supor que você crie uma pasta (diretório) para guardar seus documentos chamada "Arquivos de Documentos". O Windows95 durante o processo de instalação cria uma pasta chamada "Arquivos de Programa". Quando você estiver em uma janela DOS e invocar o comando "dir", os diretórios acima apareceram como Arquiv~1 e Arquiv~2, sem nenhuma sinalização de qual dos dois é o de programas ou o de documentos. No comando "dir", esta situação é simplesmente de visualização, porém se você utilizar o scandisk de 16 bits (DOS), ele fará essas mudanças definitivamente e poderá trazer problemas para você. Por isso, o Windows95, traz seus próprios utilitários de disco (Scandisk e Defrag) que reconhecem os arquivos com nomes longos. Cuidado com programas como Norton Utilities, Xtree gold e outros, que se não forem usados em versões para 32 bits, com certeza causarão problemas também.

Conclusão

Passado o primeiro ano de lançamento, o Windows95 acumula alguns records, críticas e muitos elogios. 

A grande maioria das críticas ao Windows95, tem mais haver com problemas de hardware do que falhas do software. As características do novo sistema para controle e gerenciamento da máquina, são mais rígidas, consequentemente, todos os componentes do hardware são mais exigidos, e se eles não estiverem perfeitamente dentro das especificações, com certeza causarão problemas. Talvez o ponto de maior frustração para os usuários que enfrentaram filas e pagaram ágio, para ter o novo sistema, é que todos esperavam que ele fosse a solução para os problemas que tinham com as versões do Windows 3.x, e quando notaram que, em alguns casos, os problemas haviam aumentados, criou-se uma atmosfera de que nada funcionava bem. O Windows95 não veio para resolver problemas com uma passe de mágica. Se você tinha problemas com o sua versão anterior, provavelmente vai continuar a ter e talvez até tenha mais, pois conforme dito acima, ele gerencia melhor o seu micro, conflitos que não eram detectados pelo Windows 3.x , passarão a ser detectados pelo novo sistema.