Resumo O Auto do Frade - João Cabral de Melo Neto

Resumo do Livro O Auto do Frade de João Cabral de Melo Neto.

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Resumo O Auto do Frade - João Cabral de Melo Neto
O Auto do Frade

Resumo gentilmente cedido por Thiago Jabur Bittar

O Auto do frade tem como assunto o dia da morte do rebelde frei Caneca, um dos líderes da Confederação do Equador que já estava preso há mais de um ano.
Está sendo preparado o cortejo, a população já se acumula do lado de fora da cadeia, enquanto isso o frei tenta dormir enquanto aguarda seu enforcamento.
Como o juiz não havia chegado ao Tribunal de Justiça por causa de uma viagem de 3 meses o corregedor decide que o Frei Caneca será enforcado em praça pública, após percorrer a cidade com uma corda enrolada no pescoço.
Assim, Frei Caneca é retirado da prisão e muito fraco percorre as Ruas de Recife, várias pessoas o seguem em pleno meio da rua, em cada esquina mais gente se aproxima. Em todos os lugares existem espectadores ao acontecimento abrangendo até mesmo o governador e toda a sociedade em geral.

Frei Caneca chega a dizer algumas palavras, mas é obrigado a calar-se e até os gestos lhe são proibidos. Seu comportamento podia representar grande perigo aos oficiais que pregam ser ele um homem condenado à morte por trair o Rei e pretender o separatismo com a Confederação do Equador.
Lentamente o cortejo vai levando o Frei que anda calado e sereno.
Ao chegar à Igreja do Terço, Frei Caneca é colocado no centro de um círculo formando de policiais, com intuito de ninguém tentar soltá-lo ou se rebelar.

Nesse evento Frei Caneca é entregue ao oficial enviado pela Comissão do imperador que o condenou à morte.
O Frei solenemente anda no interior de um círculo de policias.
Ao chegar na Praça do Forte, onde será executada a sentença de réu, o carrasco designado para matar o padre recua, temendo a ação sobre ele de alguma força superior. Então todos os carrascos se recusam a enforcar o padre, alegando que ele foi visto "voando no céu". Mesmo espancados resistem a enforcá-lo.
O Oficial de Justiça oferece perdão dos crimes aos presos, comida farta, emprego, cama e mesa a quem fosse voluntário para a execução. Contudo ninguém se disponibiliza, nem mesmos os presos que queriam liberdade.
Ocorre então que após algumas horas de espera, decide-se formar um pelotão de doze homens para o fuzilarem, pois nenhum destes ousaria fazê-lo sozinho.

Assim Frei Caneca é morto fuzilado. 

Personagens

Frei Caneca ( Joaquim do Amor Divino Rabelo)
Dedicou-se à Igreja desde cedo sendo adorado e aclamado pela população, que o tinha como um homem dedicado, sereno e prestativo aos olhos de Deus. É considerado uma figura da história real do Brasil, pois participou de um movimento revolucionário que queria a formação da República. 
Tal movimento ocorreu em 1817, denominado Confederação do Equador, foi um dos líderes.
Enfrentou com bravura o imperador e lutou pelo Brasil, e mesmo condenado se mostrou digno e confiante.
Pessoas de Recife
Espectadores e formadores do cortejo que acompanhou todo o trajeto de Frei Caneca da cadeia à praça. Não impediram sua execução, apenas faziam comentários e contavam histórias entre si. Apesar de ouvirem o sermão do frei e de vivenciar seu sofrimento não ousaram retirá-lo daquela situação de morte.
Oficiais da Justiça
Eram os responsáveis pela condenação do Frei pertenciam a Comissão Militar do Imperador, se apresentaram duros e insensíveis na condução do mesmo.